SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O Mistério é tão insistente que cria a ânsia de ver a Parusia



A Revelação de Deus é por demais misteriosa, como este BLOG está careca de explicar. E pior é que não poderia ser diferente! Jamais! Um deus que fosse fácil (de ver ou mesmo de entender) certamente não seria Deus, aquele Onipotente Infinito que criou tudo, até a própria ideia contida no verbo EXISTIR. O Todo-poderoso onisciente é, Ele mesmo, portanto, o sentido e o não-sentido do Mistério, enquanto não se revelar face a face, como o desejou Paulo em I Coríntios 13,10-12. Pode-se entendê-LO até bem por este não entender, porquanto o fácil entender não se aplica a Ele, a inteligência suprema que inventou a nossa pífia capacidade de entender. Eis que assim fica evidentemente mais que óbvio admitir que uma área do conhecimento humano (chamada “Religião”) só poderia ser verdadeira enquanto mantivesse viva a noção de Misterium Supremu, como intermediário obrigatório entre criatura e Criador, e este intermediário NÃO FOI eliminado por Jesus Cristo, pelo contrário, em alguns aspectos até aprofundou o Mistério, e no qual apenas vimos – uns poucos “sortudos” – a Sua face humana tridimensional, que nem pode ser tomada como “face de Deus”, pois Ele a rigor nunca teve uma “face”, por assim dizer, e apenas a assumiu tão somente para diminuir a tremenda dificuldade de discernimento da mente humana decaída. Por outro lado, pode-se dizer que Ele assumiu de vez – e uma vez por todas – aquele Rosto “comum” do Nazareno, com o qual moldou para sempre a Sua fisionomia (que alguns dizem ter ficado estampada, por puro milagre, no pano chamado “Sudário”), visando dar para nós uma chance melhor de reconhecê-LO no Além, lugar para o qual nossos olhos terão uma tremenda dificuldade de adaptar-se, enquanto perdurarem os efeitos enubladores de nossos vícios terrestres. Pois bem. Toda esta dificuldade agora expressada, faz gerar, no profundo das almas humanas, o desejo incontido de ver chegar de volta o Nazareno Ressurrecto, com o qual finalmente sentiremos alívio em nosso coração, na concretude da visão de nossos olhos transformados, muito além do que viu Tomé ao botar o dedo nas feridas. E este desejo de ver o Nazareno é tão profundo e avassalador que pode estar sendo o estopim dessa avalancha de falsos cristos de nossos dias, como muito bem mostrou o Philipe Kling David, em seu artigo intitulado “O Jesus finalmente voltou? Na Russia? Veja mais um (entre muitos) pirados” (por favor confira AQUI). É claro que 99,9% desses “messias” não passam de enrolões ou coisa pior, sendo instrumentos dóceis nas mãos do inimigo, e é nisso que devemos acreditar. Todavia, e por dever de misericórdia cristã, temos de admitir que sempre poderá haver uma alma enganada que, louca de desejo pela volta de Jesus, não saia por aí confusa ou tresloucada, pensando ter sido ela mesma o invólucro do Messias, e com isso enganar a si mesma e aos incautos. Sim. O demônio pode fazer isso como fez com o próprio Jesus (Mt 4,3a), e é nosso dever crer assim, e se possível, ajudar estes falsos profetas a sair do embuste, como contam muitos ex-testemunhas de Jeová, ex-mórmons e outros lunáticos que marcam dia e hora da parusia. Eles também merecem nossas orações, e que Deus tenha misericórdia deles.

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