SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma princesa celta traz uma saudade forte dos monges...


Compondo e interpretando de modo magistral um episódio emblemático da Idade Média, a diva britânica de origem celta, Loreena McKennitt, encanta os ouvidos mais sensíveis com sua belíssima “The Mummer’s Dance” (na velha Gália, o mummer era o monge encarregado de deixar as coisas em ordem, mas principalmente, de manter o silêncio do mosteiro), que no Youtube já encontramos legendada com a belíssima poesia, que trata de um reconhecimento laudatório do trabalho dos monges, verdadeiros salvadores da mensagem de Deus ao mundo (os monges foram, na época em que o “analfabetismo” e a ignorância geral impedia qualquer leitura das Escrituras Sagradas, aqueles que mantiveram a luz da Palavra de Deus acesa no mundo, impedindo que o Depositum Fidei fosse tomado e queimado nas muitas invasões bárbaras da chamada Era das Trevas). Reconhecimento este que traz a singeleza de uma caminhada pelos campos (à vista dos passarinhos cantadores das ninfas), à semelhança do Caminho de Santiago, dos quais se colhem rosas e guirlandas de flores para ornamento do templo, lugar sagrado de sociabilização dos monges, nas únicas ocasiões em que deixavam um pouco a clausura e a contemplação. 
Assim, portanto, ouvir agora “A Dança dos Monges”, em plena era da tecnologia fria das máquinas, é um presente divino aos corações saudosistas, que recebem de Deus a bênção de recordar uma época nebulosa, mas que pela coragem heróica daqueles homens de oração, fez chegar até nós o texto bíblico, junto com um discipulado próspero em crescimento espiritual aos cristãos. Coincidência ou não, o nome de nossa cidade-sede (Fortaleza) também é uma referência longínqua àquela Era em que os bons e os santos conseguiam segurança nas cidades-fortes de então, protegendo a fé que a modernidade banalizou. Aqui, portanto, rendemos homenagem a este grande momento da música mundial, em que o nome de Loreena se inscreve para sempre na categoria das melhores divas da música céltica, no mesmo patamar de uma Enya e de uma Sarah Brightman. Que Deus dê saúde e vida longa para elas!

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