SALA DE LEITURA DA EAT

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Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

sábado, 30 de agosto de 2014

A morte de Robin Williams prova: Ninguém é o que aparenta ser


De fato, como bem explicou o analista de arte Regis Tadeu, a morte de Robin Williams deixa claro que há uma diferença enorme entre aquilo que todos nós somos no íntimo e aquilo que exibimos no grande palco da vida, como lembrava uma velha canção do grupo Slade. Não há mais dúvida alguma de que todos nós usamos máscaras em sociedade, algumas toscas e tolas, outras terríveis e aterradoras, até onde pode chegar a falsidade e a hipocrisia humanas. E aqui lembramos que CS Lewis também tocou neste ponto, quando, ao contar o encontro de uma personagem sua com outra, lembrou do quanto aquela figura diminuta (em sua humildade verdadeira), deveria ser recebida de joelhos no outro mundo, em atitude de pura reverência e até veneração. Houve até outra ocasião, mais prática, em que Lewis mencionou aquilo que entendeu como “inclinação natural” surgida na mente de um “santo herói” como Dr. ER, quando este se encontrou diante do santo governador de Perelandra e reconheceu, extasiado: “meus olhos nunca estiveram diante de um Homem, senhor” (Livro “Perelandra”). Enfim, é a exposição nua e crua do Reino de Deus, no qual todas as máscaras terão caído (no Tribunal de Cristo que fechará o Juízo Final) e onde nenhuma máscara subsistirá, quando cada ser e criatura se apresentará de cara e coração limpos, sendo impossível alguém enganar outrem. Tudo isto é dito sob motivação do artigo de Régis Tadeu já indicado acima, no qual fica evidenciado o triste fim de um dos maiores artistas de todos os tempos, o grande Robin Williams, ator que interpretou até um personagem “meio lewisiano”, descendo ao Hades para salvar alguém no filme “Amor além da vida”.

Finalmente é preciso refletir bem sobre a questão: ninguém se apresenta a nós neste planeta com sua face real, e as faces que nossos olhos veem podem ser tão mentirosas quanto antagônicas, e cada um de nós nem sequer sabe COM QUEM está convivendo: isto se aplica a amigos, colegas de trabalho, parentes, etc., mas principalmente aos nossos pais e irmãos, quando os maus vícios da convivência íntima nos impedem de enxergar tudo, seja o mal ou o bem que carregam nossos convivas [veja que era esta a realidade a que Jesus se referia quando disse que “os inimigos do homem serão os de sua própria casa” (Mateus 10,36)]. Isto tudo vem explicar, de modo preciso, mas por outro ângulo, a noção de “ministério angelical sob disfarce humano”, que o livro de Hebreus deixa bem claro em Hb 13,1-2. Que Deus esteja no meio de nós!

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