SALA DE LEITURA DA EAT

SALA DE LEITURA DA EAT
Vê-se CS Lewis no Quadro Central, ladeado por seus livros, o Busto de MacDonald à direita e a "Vela do Saber" acesa.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Escritora brasileira fala de “arrogância” como Lewis falou

Em duas matérias sensacionais (veja a primeira NESTE link e, para a segunda, clique aqui), Fernanda Pompeu descreve, sem papas na língua, aquilo que caberia a um bom intérprete (do capítulo VIII do livro “Mere Christianity”, chamado ‘O Grande Pecado’) explicar acerca do orgulho humano, herdado diretamente dos anjos do inferno como câncer da alma. São abordagens muito bem feitas, embora com as concessões típicas da pós-modernidade ao hedonismo, e sem as diretivas de Lewis ao coração do leitor e do próprio autor, como cabe a um texto canônico. Na primeira matéria, intitulada “Que mal ela nos faz”, Fernanda expõe os pontos onde a arrogância vai fazendo os piores estragos no coração humano, ao ponto de tornar a pessoa detestável, insociável e finalmente alijada da convivência, condenada ao isolamento total (isto também lembra o livro “The Great Divorce”). O ponto menos consistente é o final do artigo, que não cita a solução trazida por Jesus, a saber, a humildade forçada pelo arrependimento de pecados e pela santificação, únicas armas eficazes no combate à maldita herança adâmica. 
Na segunda matéria, chamada “O grande no pequeno”, Fernanda se volta com veemância contra os efeitos arrogantes do orgulho, que leva o mais nobre cidadão (médicos, advogados, cientistas e até pastores e clérigos) a trabalhar pela causa alheia, mas jamais enxergando em si os defeitos que promovem o caos nas relações humanas e no mercado de trabalho. É uma cacetada naquela parte do “ego-ladrão” que vê os grandes roubos numa empresa ou num governo, mas jamais interpreta como roubo um pequeno privilégio conseguido às custas de pistolões ou brechas fiscais nas organizações. Enfim, são dois bons e raros exemplos de exortações ao “inatacável” homem pós-moderno, que erigiu o mundo ilusório da auto-perfeição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário