De fato, o Sumo Pontífice deve ter adoecido seriamente com
as histórias incidentes dentro e em torno de seu pontificado, e estas nem
chegaram a ser a preocupação maior de um papa que não mandou colocar na cadeia
todos os padres pedófilos do mundo. Na verdade a omissão em criminalizar e
penalizar os cretinos que usam da batina para estuprar crianças não fez, na
consciência de Bento XVI, nenhuma tempestade de remorso que o obrigasse
a correr o risco de diminuir severamente o contingente de vigários pelo mundo,
visando mais a manutenção das agendas e pastorais para uma igreja que não mais
suscita padres como o fazia antigamente. Uma prisão em massa de pedófilos não
só tiraria milhares de padres de suas funções, mas causaria um alvoroço de
difícil contenção, não sendo exagero afirmar que as próprias bases do
catolicismo romano ficariam abaladas.
Todavia, é bom que se frise que,
quando Bento XVI critica a interpretação dada aos documentos do Concílio
Vaticano II (veja NESTE
link), não está pedindo uma RENOVAÇÃO no sentido “modernóide” (ou no mesmo
rumo que tomou o neopentecostalismo e a Renovação Carismática Católica) ou
liberalizante, como fez o grande João XXIII. Na realidade, o que o Papa quer
(com louvor por sua coragem de assumir ser “uma andorinha só”) é que a Igreja
se renove DE VOLTA AO PASSADO, pois voltar a ser igual às primeiras
comunidades (Atos 2,42-47) de cristãos é
o Ideal de Deus e da fraternidade, e também aquilo que mais renova a alma
humana no sentido do amor ao próximo. O que ninguém sabe ao certo é se a volta
sonhada por Bento XVI teria algum componente persecutório dos hereges DENTRO do
Catolicismo, pois estes é que provocam os maiores prejuízos à fé cristã e à
manutenção do Cristianismo na Terra. Como Ratzinger um dia pertenceu à
“Congregação para a Doutrina da Fé” (que faz parte do refugo da Santa
Inquisição), é bem provável que sua “renovação” excluísse de vez os
engendradores de heresias, que são uma raça em profusão no mundo de
hoje. De qualquer modo, parabéns ao santo padre pela coragem.
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